Qual métrica, qual abandono, qual desejo inoportuno e desajeitado: sou só fantasia.
Estilo , fluência , não aprendi. É tudo viagem mesmo.
E tento compor um cenário para ficar muito perto de você.
Vou pela trilha da estradinha que desaba no mar e nas pedras.
E escrevo enquanto ando. E , é muito fácil assim, chegar perto da
tua pele.
Componho duas folhas escritas com letra normal :
falo do estalo das ondas nas pedras, do farfalhar do vento nas copas altas,
do rumor oceânico que entontece e nos põe em outra dimensão.
E também escrevo garranchos, desanimada porque
por vezes sua imagem se desvanece.

Palavras que vem feito uma revoada de gaivotas e cardumes nadam
por perto.
Espumas levam toda a fantasia, sinto teu cheiro.
Não quero sofrer mais, só caminho e fico
cada vez mais perto da tua figura.

Conchas soltas ,
Carangueijinhos transparentes.
Cesta de vime e peixes,
Ostras frescas no gelo.
Cerveja na quitanda.

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Escurece lento e com a respiração calma
acredito que tudo vai bem;
porque a lua no céu tá grávida.
Enorme.










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| Por Prensada | quarta-feira, 15 de outubro de 2008 | 13:18.