O padre Flynn ( Philip Seymour Hoffman ) não tem nenhuma. Ele gosta das suas unhas compridas e esmaltadas , guarda flores dentro de seu missário para "não esquecer da Primavera". Faz sermões humanos e aponta seu dedo libertário para uma Igreja preconceituosa. Fuma, bebe vinho do bom e se empanturra de carne assada mal-passada com outros padres da congregação.

A diretora da escola católica, Irmã Aloysius Beauvier, é uma controladora em potencial, leva a ferro e fogo as regras seculares da Igreja e administra a escola católica com uma chibata com a cara de Jesus.
Janta com outras freiras em silêncio, bebem leite e só com o olhar obriga uma pobre freirinha a comer um naco de carne rejeitado.
Desperdício não !

A peça teatral Doubt , adaptada para o cinema por John Patrick Shanley, leva o conflito da madre Aloysius e o padre Flynn numa esgrima verbal e a dúvida permanece até o fim. O texto é ambíguo e a diretora dá um xeque-mate falso para defesnetrá-lo de sua escola. A vítima é o único estudante negro. O padre Flynn pode ter abusado da criança. Mas , a dúvida permanece.
Ele já foi afastado de outras escolas e paróquias. Não sabemos de fato o que aconteceu com o garoto e o padre.
A última meia hora vale a ida ao cinema. O duelo de Meryl Streep e Philip Seymour Hoffman é excelente. Mas o ponto alto, é o diálogo da madre superiora com a mãe do garoto. Viola Davis, foi indicada como melhor atriz coadjuvante.
Foi a única sequência que me tocou de fato.

Irmã Aloysius ganhou uma partida, mas perdeu o jogo. Meryl Streep não merece o Oscar por esse filme. Perdeu prá Kate...eh,eh,eh. Se ganhar , é marmelada.

Marcadores:

| Por Prensada | quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009 | 20:10.