Sabe guria, eu seria uma excelente professora de Geografia.
Adoro ler nomes de cidades e fico atrás do mapa do Google feito navegador português tipo Fernão de Magalhães ou Diogo Cão ( putz nome genial ) , Ó Pá !
Eu gosto de relembrar nomes de cidades e de repente solto em voz alta um nome que me chamou atenção:
Ankara !
Já invento uma história lá. Coisas de mapas . Os mapas me provocam.
Eu ficaria olhando um mapa da Ásia o dia inteiro. Sem fumar haxixe ou comer cogumelos.
Para quem não sabe o que é Geografia é um bom começo: olhar mapas.
As coordenadas , meridianos, ilhas com nomes bacanérrimos.
Entrar por terra firme e caminhar lentamente por países.
Algumas histórias e bizarrices do lugar.
Hoje estou em St.Petersburg. * Piada interna*

Ah, sou uma navegadora abanando meu lenço doirado no cais da Torre de Belém.
O Tejo e eu. Aquela história antiga das naus e das saudações. Eram navegadores brutos,
tinham o poder daqueles tempos que não voltam mais. Economia real.
Duas centenas de almas dentro da caravela, jogam-se na aventura e no sonho.
As madeiras rangem, começa a balouçar nas vagas com a entrada do vento.
Uma estrada longa demais essa do oceano.
O pensamento da chegada a terra firme e aquela coisa de leite e mel.
Ou puro desterro mesmo.

Um cruzamento de hemisférios, desastres, mortes e emigração.
Frei Bartolomeu de Las Casas e os relatos dos massacres.
Pizarro, América do Sul, México. Ouro e prata.
A quilha do barco recém-batizado pelo Rei tinha o brasão familiar.
Colonos e escravos , perseguidos políticos, bajuladores da Corte e fugidos da Inquisição;
Piratas mercenários de Reis e Rainhas.
Salvador, Rio de Janeiro e Recife.
A Família Real desembarca e abre os portos;
toma todas as casas decentes do lugar
e joga seus cidadãos na sarjeta.


"Oh, marujo ! vou tomar seu barco na ponta da espada !"
Não tenho pátria, tenho um mapa.
Nada como um bom mapa.


* Imagem via Abduzeedo

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| Por Prensada | sexta-feira, 19 de junho de 2009 | 15:38.