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Tatuagem de marujo holandês.
Queria tatuar essa frase há muitos anos atrás.

Na primeira rua à esquerda, atravessei os trilhos da encruzilhada
perto do antigo armazém de café dos ingleses e da Estação de Trem do Valongo -
lá na esquina do mar, cais , Armazem 29.
Trilhos prá todos os lados.
Aquele trilho onde você estourou diversas garrafas de cidra barata prá Moça,
e Velho Barreiro prá festejar o Exu.

Procurei o "famoso" holandês tatuador da rua do Comércio.
O velhote tá bêbado no bar de secos e molhados da esquina.
Pede desculpas e implora que eu volte no dia seguinte.
Desisti da tatuagem e nunca mais.

No mesmo dia, resolvi ser locomotiva e corria por cima dos trilhos dos trens.
Madrugada ferrada e nós brincando pela avenidas do cais , nosso local preferido.
Umas boates decadentes na General Câmara , putarias e maconha.
A faculdade acabava com as mulheres peladas, show de strip-tease
de beira de cais.
Desmaiei um dia num pardieiro destes.

Roleta russa nos trilhos dos trens do cais do porto -
dançar até cair na areia de madrugada e uma encrencas com a polícia.
Santa ingenuidade.
Evocações, rezas loucas, miragens e bebedeiras no alto da Ilha.
Saía do corpo e voava pela baía de São Vicente.

Voei feito gaivota, na boa.


Alguém aí já dançou em encruzilhada ?
vixe santa



* Trêbada ***




* Imagem via nickdrake

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| Por Prensada | sábado, 23 de janeiro de 2010 | 00:50.