O ano começou com novidades de trabalho surpreendentes.
E estou bem empenhada em fazer tudo certo e bonito.
Para o blog restará algumas notas aqui e acolá.
Não porque perdi o tesão, mas porque tenho que focar neste trabalho.
No mundo exterior, vou de cigarrilhas de baunilha, black beer , rock'n'roll ,
sexo ( se acontecer ) , cinema e teatro.
A poesia reina, mas só
privê: silêncio, concentração e textos.
Escrevo macio para não assustar.
Para o mundo, sou uma bruta sem muito a oferecer.
Sou o guarda-caça da minha floresta.

Literatura sempre aqui dentro do meu peito.
Tenho muita simpatia por Constance Reid,
Lady Chatterley e seu amante Oliver.
Daí a imagem do vibrante guarda-caças, o matuto que encontrou
nas florestas, raízes e plantas sua sabedoria e sua força.
É bom chorar em cima das árvores, ouvindo o som da floresta.
Aqui não dá prá ter meia-lágrima.
Chorar é bom porque permite saber que dói em algum ponto,
e temos vida que nos mantém ainda humanos.
Não sou uma casca de árvore tosca,
sou imensa , frondosa, acolho bichos, pássaros e ninhos -
Tenho seiva, saliva e humores.
E os meus frutos são doces.



* Imagem via Adam Weiss Photo via Twentythree

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| Por Prensada | quarta-feira, 24 de março de 2010 | 09:35.