Sob o pé da árvore o Natal brota em flores pequenas, brancas.
Eu chamo isso de amor. O Natal das crianças não é amargo, é confiança.
É uma noite de fé para elas. O grande mistério  é saber
que aquela noite é especial, diferente de todas do ano.
Elas sabem que serão acarinhadas,
nem que seja por um sorriso.
Elas ficam chapadas com as luzes e cores do mês de dezembro.
Ontem , vi cenas tão lindas de crianças pequenas brincando
com a figura de Papai Noel que fiquei comovida.
É claro que tudo se transforma com o tempo,
os meninos e meninas crescem. Mas sempre ficará uma dúvida.
Papai Noel existe ou não ?
A fé será o guia. Porque sim.
Um dia, como num susto tremendo, a criança vai notar que
o brilho da árvore não é mais o mesmo. Uma decepção.
Viram adultos, tristes figuras : querem matar o Natal de qualquer jeito.
Não contentes em destruir tudo e todos, abusar de todo tipo de violência
e corrupção; já incorporamos o dinheiro e o consumo na fantasia da
noite mágica. E  o dia tão especial  não existe mais, virou um abuso -
uma guerra feroz contra o amor.
Temos que sustentar a criação e a fantasia,
crianças querem sonho, cores, magia, brincadeiras
e confiança.


 Escrevi pensando em uma conversa que tive
 com uma amiga muito querida,
 Ela tem um filho de nove anos.
 Ela queria contar pro pequeno lobo que Papai Noel não existe.
 E eu fiquei bem pensativa e atônita.
 Por que acabar com o sonho do Lobinho ?
 Dona Clara, please, não faça isso.

* Imagem via Medicine for the soul


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| Por Prensada | quarta-feira, 22 de dezembro de 2010 | 09:16.