não quis sentir o calor do dia
estava sem saco prá luz.
muito louca:
beber um pouco de poesia.

[ como tudo muda no espaço físico,
quando começamos a falar poemas
 os preferidos,
 os mais amados ]

Estados alterados.
Dá impressão que não somos mais os mesmos.
Não sei o que acontece com o ar, com os ouvidos -
mas as palavras
caem como petardos,  asteróides fumegantes ;
ou aquelas folhinhas verdes que despencam com qualquer vento.
Dá prá sentir a fêmea que deseja ser feliz numa noites dessas.
A fêmea  de cabelos vermelhos, toda louquinha.

Poesia, porra - 
vem logo !
dava tudo para começar a escrever de novo...

Saí pela noite agora, uma volta pelo quarteirão -
esticar as pernas,
olhar a noite Jobim,
fica dindi
tudo dindi
deixa dindi


* Imagem via National Geographic    1972   via  Strange Eyes

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| Por Prensada | domingo, 27 de março de 2011 | 23:15.