um pouco de tudo,
do azedo desespero
em cima do Minhocão
sem trânsito e escuro -
andando em zigue-zague de madrugada
bebida amarelada de garrafa
entorpecimento
frio de doer o rosto;
num violento decidir de se drogar com qualquer coisa,

a lunática vê a luz da janela e a silhueta da mulher idosa,
que espia as reinações da madrugada -
fantasmas trançando as pernas,
pixação atroz dos moleques no prédio em ruinas.

a mais delicada percepção:
Lua no crescendo branca & preta
sempre o meu Ponto de Vista,
tecendo o ninho, tecendo devagar
eu , que nunca fui boa com casa.






*  Imagens via  love your chaos

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| Por Prensada | terça-feira, 7 de junho de 2011 | 18:08.